Ana Mari's world!

Leia livre de preconceitos, intensões e expectativas.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Mulheres Apaixonadas...

Luz dos olhos

Para mim é quase impossível não chorar a cada fim de uma novela de Manoel Carlos... Sempre me envolvo, me identifico com personagens, enfim, ele é foda, na minha opinião um dos melhores escritores de novela... Ele consegue fazer as coisas serem mais próximas, faz com que os personagens se assimilem à vida real e isso pra mim é muito show!
Sexta-feira acabou mais uma história no Leblon, e enfim, não vejo a hora do
Maneco escrever a próxima novela ou rolar outra dele no “Vale a Pena ver Denovo”.
“Mulheres Apaixonadas” em especial, é uma novela muito querida pra mim... Reaviva na minha memória um período bom e que sinto saudade na minha vida... Além da nostalgia, esse negocio de mulher apaixonada cai como uma luva para a locutora que voz fala... Eu sou apaixonada demais... Me apaixono muito, muitas vezes, rápido, passional... Eu me apaixono, por lugares, por homens, por mulheres, por crianças (às vezes as odeio também, confesso).
Este ano tive oportunidade de estar em lugares apaixonantes com pessoas incríveis, que enfim, já me deixa cheia de saudade.... Este ano conheci pessoas, muitas delas vieram, outras eu encontrei no caminho,umas já se foram, perdi algumas, há as que eu acredito que nunca mais hei de ver, mas de todas guardo uma boa lembrança... Algumas eu me lembro quando o sol brilha forte e chega fazer doer os olhos, outras quando eu tô no meio da cidade ou na praia e começa chover, tem aquelas que são lembradas quando as damas da noite exalam o perfume, enfim, nenhuma cai no esquecimento, cada qual é lembrada de maneira especial e diferenciada, num cenário específico...

É Maricota c'oa direita, é Maricota c'oa canhota...

E o carnaval, o carnaval, o carnaval!? Não tenho nem palavras pra descreve-lo...
De início existia a vontade de fazê-lo, porém a inviabilidade proporcionada por todos os “entretanto” e “porém” me desanimavam a cada dia que era iminente a sua chegada...
Sei que foi tudo resolvido três horas antes de acontecer... Um telefonema daqui outro ali, fechou! Às 21h o metrô...
Nunca tive uma bagagem tão reduzida na minha vida... Sai de casa com a mobilidade que somente uma mochila pode proporcionar... Eram cinco noites e quatro dias se não me engano.... Bati meu recorde de redução de bagagem, tenho de enfatizar isso...
Sei, que enfim, chegamos na cidade da moda pro carnaval... São Luís do Paraitinga, já fervia na noite que chegamos... Encontramos com nossos amigos para nos levar até a tal casa que foi alugada pra esse evento... Tive uma recepção demasiado calorosa por meus amigos, confesso que fiquei meio tonta... Bom, sobe morro, desce morro, o Tom avisa: - Pode parar, é aqui...
Olha, eu estou acostumada com simplicidade, não sou dada à luxo com vocês bem sabem, mas meu caro amigo, tenho de dizer que fiquei em choque... A casa ainda estava em construção brother! Literalmente não tinha teto, não tinha nada! Não tinha água, geladeira, fogão, cama, etc... Nada! Nada! Me peguei trocando olhar com Gandhi, olhava pra Bia e pensava o que há de ser de nós duas, as únicas meninas dessa casa!?
Sei que deixamos nossa bagagem e descemos pra cidade pra dar uma espairecida e enfim, refletir sobre a condição que era proposta para os próximos dias de carnaval...
Olhamos a cidade, encontramos pessoas, concluímos que era tudo muito bom, tudo muito bacana, mas naquela casa não havia condições de estabelecer permanência por mais de uma noite... Combinamos de ver no dia o que íamos fazer, curtir um dia e depois vazar...
Na primeira manhã eu acordei, todo mundo ainda dormia ou esmorecia... Resolvi me vestir e descer pra ver o que rolava... O sol queimava aquela hora da manhã, botei meus óculos escuros e fui... Como era colorido, eu me senti em casa naquela praça, era tudo muito esquisito além das cores, não parecia haver proibições e tudo era sorriso... Fiz um “tour” pelos lugares que ofereciam alimentação (pra mim não há vida se não tem comida...). Percebi que era um tanto complicado comer ali no primeiro momento, mas no decorrer do dia lugares preciosos foram se revelando...
Bora entrar nos blocos e ver o quê rola... Veio o Juca Teles, o Bicho de Pé, o Etezão...
Passamos mais uma noite naquele projeto de casa, tomando banho de mangueira no quintal barroso, num estilo BBB (meninas de biquíni e meninos de sunga). Sofremos um atentado na casa... Pela falta de teto (de verdade), as coisas poderiam ter sido bastante dramáticas se naquela manhã tivéssemos resolvido dormir até mais tarde... Estávamos no Morro do Alemão (nós quem intitulamos tal local com este nome), no ponto mais alto da cidade... Jogaram um tijolo no telhado da casa... Várias telhas se quebraram, e onde as telhas juntamente com o tijolo caíram dormiu Eu, Feo , Gandhi e Bia...
Bom, sei que, apesar de parecer um tanto ameaçador, perigoso, até mesmo motivo bastante para irmos embora, continuamos o resto do carnaval, todos os outros dias ali, juntos, unidos, separados, mas dormindo sempre na mesma casa apesar de todo o ocorrido...
No final das contas no meio de toda essa diversidade foi uma grande festa, era tanta coisa estranha, tanta coisa que a gente nunca imaginaria passar junto que acabou virando uma grande zona do bem, onde todo mundo se ajudava, se entendia, brincava, foi uma coisa muito do bem...
Teve o dia em que fomos à uma cachoeira... Foi muito engraçado... Uma verdadeira “festa estranha com gente esquisita”... Rolava um tecno dance ao vivo, uma mistura muito louca de pessoas, uma galera rolando na lama, e eu pra variar morrendo de falta de ar só de ver a queda d’água... Foi gostosinho... Depois que saímos de lá passamos num pesqueiro e fizemos os mortos de fome, comemos umas quatro porções de peixe... Mas a parte a fome demasiada, foi muito bom, Tom falava um pouco das suas experiências universitárias, Lucas dizia o que sentia com relação à seu trabalho, Ferrero e Tiago se faziam serenos ao ouvir os relatos dos outros, eu na verdade só estava de corpo presente ali, viajava enquanto eles faziam comparativos e planos...
Teve o episódio no qual houve a fúria de Tom com os outros meninos e ele resolveu acordar todo mundo com balde de água fria, nessa noite a ala masculina da casa (composta por seis homens contra a feminina que era feita apenas por mim e Bia) concluiu que brincar com o Tom pode acabar dormindo molhado...
O carnaval chegava no fim, o último dia anunciou, a saudade precoce começou a bater, o Barbosa passou, todo mundo foi, alguns ficaram, outros voltaram, vários se perderam, e no fim ficou a saudade desse movimento, daquela vibe, daquela casa, das pessoas, dos acasos e de toda magia que representou pra cada um que ali estava...

“Ninguém tem a obrigação de ser artista e não ser artista eu acho que também pode ser muito bom...”


Depois de um ano de retiro acadêmico, regressei ao meu curso de jornalismo... Confesso que imaginei que seria complicado esse regresso, mas não imaginei que seria tão doído, como tem sido...
Tenho me sentido meio vazia, e demasiado solitária por opção... Nem fumar mais eu tenho conseguido, me pego com meus livros e me transporto à outra realidade, pra ver se esqueço que regressei e estou sem os meus e que estou cheinha de saudades de tudo que vivi (até as brigas e coisas ruins) com aquela galera que eu conheci em 2006, quando eu estava novamente tentando uma coisa pro resto da vida... Sinto saudade do que eu pensava, de como eu era, de como eu lidava com aquela realidade... Hoje parece estar tudo virado e eu completamente depois de esgotar o tempo regulamentar...

“Com o passar do tempo tudo fica ridículo”

Embora todo mundo sonhe, deseje é importante escolher alguma coisa na vida pra se fazer na qual se tenha graça, onde se encontre uma felicidade...
Eu já quis ser tanta coisa nessa minha vida que já perdi as contas... Em nenhum dos ofícios faltava graça, talvez não houvesse mercado, tempo, mas tudo o que eu quis fazer, fiz e foi feliz, e imagino que seria feliz até hoje se eu tivesse ido até o fim... Na verdade o grande problema dá-se por isso, por eu não ir até o fim, por eu gostar e achar graça em muitas coisas... O tempo se faz escasso e eu desando, esqueço e passo pra próxima...
Com o passar do tempo tudo fica ridículo... Aquele cara pelo qual você arrastava um bonde, aquele curso de aramaico que você começou a fazer pela falta do que fazer, ir ao shopping center nos fins de semana, deixar de dizer o que se pensa por se preocupar com o que os outros vão pensar... Fica ridículo os sonhos inacessíveis de cinco anos atrás, fica ridículo não reconhecer as qualidades alheias mesmo que haja diferenças pessoais entre as partes, enfim, com o passar do tempo, quase tudo fica ridículo, o amor, as cartas, os poemas, mas a graça ta na probabilidade iminente do ridículo.

Vai limãozinho, vai, vai limãozinho...


A vida anda agitada, demasiado confusa, triste e feliz. Há muitos eventos, reencontros, bares, pinga, cambalhotas, muita alegria, saudade, enfim, a vida têm sido vivida...
Na verdade a vida da gente é o que fazemos dela, e eu tenho tentado fazer da minha um instrumento de alegria, para eu mesma e para os que me cercam e colaboram para a manutenção do meu humor (bom/mau), que me ligam demasiadas vezes só para tomar um café, a minha vida é feita das alegrias matinais que é provida quando acordo ao lado de um amigo(a), das loucuras Dionisíacas que se faz possível a cada reencontro com a Cris, com a Gi, com o Marcos, com o Apu, com o Gandhi, Xuxu e vários outros cúmplices... Enfim, a vida enquanto vida é DUCA e têm de ser vivida sempre que ela te dá a oportunidade, e quando ser feliz é possível, mais ainda.

(fotos do carnaval e da vivida em breve...)

Um comentário:

Anônimo disse...

Mari ana mari....é...concordo que realmente o tempo torna as coisas rídiculas!
menos verdadeiras amizades que são como um bom uisque, o qual não poderá ser provado por todos...