Ana Mari's world!

Leia livre de preconceitos, intensões e expectativas.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Vá dizer ao seu gerente que pendure esta despesa no cabide ali em frente...

-Cola seu rosto no meu rosto, enrola seu corpo no meu corpo agora.

Bom, faz quinze dias que venho planejando escrever algo por aqui... Queria dizer-lhes sobre o maracatu numa terça num fim de tarde na Benedito Calixto... Dizer dos passeios por praças para as lamurias verborrágicas e sorrisos desmedidos na madrugada... Contar-lhes sobre as “ressacas” que esse dezembro inteiro rendeu... Desenhar todas as brincadeiras nas mesas de bar até o sol raiar com o amor e os amigos. Fazer saber dos jantares, passeios, reflexões e trocas com René... Mas enfim, a preguiça falou muito durante todos estes passados e não me permitiu aqui sentar para contar e rever todas as alegrias e até as tristezas de todos esses momentos finais desse ano...

- Ta tudo muito bom, ta tudo muito bem, mas realmente...

Tive um natal comido, feliz e reencontro festivo... Não houve muitos presentes, na verdade quase nenhum, mas foi um dos natais mais felizes da minha vida...
Sei que dormi mal e pouco desde então... Já corri pra arrumar as malas para ir pra praia... Cheguei de volta a São Paulo antes de ontem... Achei melhor assim, me faltava a felicidade, a alegria, me senti demasiado reprimida e impossibilitada de ser eu mesma, preferi voltar pra minha casa e ficar com a minha mãezinha, pois no final de todas as contas a gente se entende e ela saca minha falta de alegria de apenas ouvir o meu “alô” do outro lado da linha...
Fazia tempo que eu não me sentia tão feliz e necessitada de reencontrar minha mãe, não sei estava tomada por uma tristeza, uma frustração que sentia minha casa minha mãe o melhor lugar do mundo.
O importante mesmo é que eu descobri que amo minhas meninas e todas as meninices delas, mas que não exija o convívio de mais de 24h horas junto, pois eu enlouqueço. Sabe, muita mulher junto de TPM é uma grande desgraça (no sentido da falta de graça mesmo). Esse ano eu descobri que eu realmente sou muito mulher, uma grande menina, daquelas bem legais, bacana, mas que pertenço ao sexo feminino por erro de percurso... Eu não quebro unhas, não passo maquilagem para ir à praia (protetor solar sim e muito!), que me preocupo muito mais com a essência das pessoas do que com o boné ou o sapato que ela usa, não faço chapinha, não quero colocar silicone (embora tenha a certeza de que uns 200ml não faria mal, pelo contrário), não acho minha bunda caída e estou muito feliz com ela, odeio minhas pernas longas e finas, mas já me acostumei com elas, afinal são as únicas que eu tenho. Adoro minha boca grande (no sentido literal da palavra), não pretendo fazer plástica no meu nariz... Bom, eu sou uma pessoa feliz com o que eu tenho na medida do que se faz possível e não me cause dor nem sofrimento.
Mulher é uma criatura chata pra caralho! Urgh! Me cansa!

Stand by me.

Ai eu quero tanto que esse novo ano seja bom... Eu quero tanto ser feliz, eu preciso tanto ser menos confusa. Desejo para mim nesse novo ano mais persistência, ter sempre centro para resolver minha vida e meus problemas, que não me falte o juízo perfeito para tocar a vida de maneira bacana e saudável.
Hoje de madrugada to voltando pra praia, vou encontrar com meus amigos e abraçar todos e vibrar muito para que esse ano seja um sucesso, cheio das realizações de nossos desejos.
Você que me lê e pensa no que escrevo vibre por mim, mesmo você que só lê e nem pensa, pois vibro por ti daqui.
Um bom ano para mim, para ti e para quem mais vier.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Cada homem é arquiteto de sua própria sorte

Preciso andar...

O dia parecia ter ‘situado-se’ nele mesmo, as cores se faziam claras junto com as reflexões e conclusões... Eu ainda de luto por mim mesma (de quando em vez o faço, acho necessário), com o semblante baixo, confesso que já dava umas ‘pescadelas’ enquanto lia pela sexta vez as aflições e dúvidas de Lóri quanto à Ulisses, o telefone tocou ... Sim o telefone, sempre ele, esse negócio das comunicações é uma loucura... Atendi, era um chamado “VENHA”, eu confirmei minha presença ao receptor com ênfase e cheia de certeza no falar, mas confesso que o corpo estava mole completamente oposto ao meu falar... Pensei se ia, daí me enrolava com Clarice e Lóri...
“(...) Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que já não tenho sido catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos. Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempos dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer “pelo menos não fui tolo” e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos se ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temos-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia.(...)”
Queria me resguardar, eu não parei desde que entrei de luto... Que luto mais furado esse meu. Mais uma vez eu indo contra as vertentes que eu impunha à mim mesma, talvez por isso a não seria e a falta de obrigação o fizesse mais leve e ameno, digno de não ser levado a diante, a falta da falta, o fundamento inexistente, sai do luto.
Vestido preto, perfume, sapatos, bolsa e sai...
Ó do Borogodó, de domingo é um clássico (pelo menos pra mim), daí no caminho pensava que podia ser a última vez do ano que eu iria a tal lugar com tais pessoas, um encontro de fim de ano, assim de repente, sem combinar... A recepção calorosa ajudou elevar o ânimo, papo sobre o reveillon (olha ele aparecendo de novo na minha vida), sobre músicas, adendos sobre as aflições com a Cris, dissertações sobre filmes e músicas com Ferrero e Rafael, direito penal com outro e exaltações sobre “A Loca” com Tiago para fechar o ciclo, que foi regado a uma comilança maravilha num boteco da Cônego...
Fiz bem, não digo que fora algo demasiado efusivo, mas feliz na medida, nem mais nem menos, apenas bom.

♫ Conversa de Botequim – Noel Rosa


Olhos de ressaca, de cigana oblíqua e dissimulada

Deu-se o start às 17h... Queria ver Lili, queria partilhar, queria estar junto, mesmo que em silêncio por mais difícil que fosse consegui-lo naquelas circunstâncias...
Confessamo-nos uma à outra, procuramos soluções para o que talvez não tivesse de ser solucionado e meios para o fluir de sentimentos que talvez não tivesse fins.
Houve falta de conclusões, me sentia mal e chateada por talvez ter sido um tanto intransigente com minha vida e por isso demasiado incapaz de aconselhar e ser útil como de costume. Deixei-a em sua casa e regressei à minha, embora relutasse a sair sabia que ficar só não traria soluções para as coisas que somente eu poderia resolver e que ficando aqui nada seria resolvido, não faria diferença...
Fui à casa de Lívia, pessoa blaster astral, deu o abraço mais gostoso e afetuoso da noite, sentamos em frente à TV, degustamos alguma cervejas, champagne, cigarros e ficamos acompanhando a saga de Bentinho e sua cisma obsessiva por fatos abstratos, subliminares e nada óbvios quanto à Capitu. Fomos á Sta. Cecília à um local “X” (desconhecido) ver o que a noite tinha para nos dar... Sei que me rendeu o João (meu carro) abarrotado (tinham dez pessoas fora eu) , um tanto quanto rebaixado à caminho da Augusta...
Como vocês sabem, Rua Augusta noturna tem uma vibe diferenciada e bastante eclética... Esse evento me fez refletir o quão bom é sair sozinha... Fomos a todos os lugares e a nenhum... Odeio quando isso acontece, odeio sair com um contingente elevado de pessoas, essa é a verdade... Os outros que me desculpem, mas ontem dos onze apenas quatro me bastavam. Eu era a inércia ambulante, andava porque tinha de andar, quase vagava, ninguém percebia, ninguém sabia, eu queria falar, eu queria dizer, mas não fazia sentido à todos, daí eu ter de ser eu mesma, porém sabotando o meu coração... Sinceramente não sei por que faço isso. Mas na paz, sem ressentimentos. A volta pra casa sempre é boa, ainda mais quando conseguimos conversar com nós mesmos.

♫ Só de Você – Rita Lee

O homem que diz dou, não dá...

E aqui eu já não tenho como vos dizer o que penso e sinto... Ainda estou digerindo e de maneira incerta e abstrata sentindo algo que é indizível...
Queria dizer-lhes de maneira que parecesse um sonho... Imagine algo embaçado como a visão de alguém que sofra de astigmatismo numa balada pouco iluminada com fumaça artificial e luz negra, este é o cenário: “Quando cheguei tudo tudo, tudo estava virado... Apenas viro, me viro, mas eu mesma viro os olhinhos”.
Já falei de borboletas na barriga? Creio que sim, foram as borboletas mais incertas e surpresa que minha barriguinha já desfrutou... Confusa fiquei dando voltas, fechava os olhinhos, por medo e covardia (eu sou uma grandessíssima covarde quando se trata das minhas borboletas) perdi a oportunidade. Não importa de quê nem qual, importa que eu perdi por mérito próprio (eu tenho o dom de me sabotar), acho incrível como eu transcendo as barreiras de auto-sabotação.
Queria poder lhe abraçar somente, quiçá falar se o abraço não fosse bastante, mas eu queria tanto que não consegui...
Confesso que fiquei um tanto decepcionada e frustrada... Mas nada que eu não pudesse superar, talvez nem houvesse o quê se superar se levar em consideração que não houve queda de minha parte, apenas abstenção de atitude na hora certa (pois ela aconteceu bem na minha frente e eu me fiz “charmosa”).
Deparei-me com um processo de reciclagem orgânica, tola e infundada que as palavras que já se confundiam resolveram sumir de vez e fazer-me emudecer e tocar a história, afinal todo mundo que comprou ingresso queria ver o final do espetáculo e eu mais do que ninguém tinha a obrigação de terminar minha atuação na cena sem decepcionar os presentes. Às vezes na coxia eu gritava e sorria, e era uma bagunça por dentro não sabia se estava num palco ou num picadeiro (pois há uma diferença considerável entre os dois). Eu via um palhaço todo atrapalhado que debaixo da lona do circo, procurava meu rosto na intensão de ver se havia “aprovação” de minha pessoa para sua atuação... Só que eu já não sabia mais, às vezes no intervalo de uma apresentação e outra, ele se colocava ao meu lado em silêncio, buscando meu olhar na expectativa de que lhe dissesse algo que pudesse fazer as coisas serem diferentes e melhor para ambos, eu me encontrava sem condições, estava entorpecida demais para dizer-lhe algo sincero. Sei que o show continuou até o sol raiar, no fim o palhaço apareceu com um desenho todo sorridente e borrado como quem faz graça à criança e eu me fiz indiferente, pois realmente já não importava mais, não fazia mais diferença, tinha acabado o que ninguém nunca soube onde foi o começo...
Mesmo com o meu astigmatismo no ápice de sua atuação eu me senti importante. Era a tal “dança da solidão” alegre degradada que eu me pego carente de palavras, um adjetivo qualquer que faça valer o que eu via e sentia.
Recostada aqui na minha cadeira abraço meus conselheiros, alguns já se foram, mas ainda falam aqui na caixinha coisas como: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro nessa vida”. Quase o questiono sobre tal certeza, mas aí vem o silêncio: “Eu bato o portão sem fazer alarde, eu levo a carteira de identidade, uma saideira, muita saudade e a leve impressão de que já vou tarde...”.
E por mim mesma me pego a lamuriar e chorar ouvindo Vinícius falar para eu não ir, porque amor só é bom se doer...

♫ Canto de Ossanha – Vinícius de Morais

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Só chorando as mágoas que não têm fim...

Emoções em alto mar...

É engraçado como a graça da minha vida se dá pelas pessoas graciosas que exitem nela...
No início desta semana estive com Apu, um querido, sempre com seus convites inusitados na madrugada veio até aqui para matarmos as saudades e contar-me das suas andanças pela “Zorópa”... Como ri, de tabela ainda me trouxe de presente a Torre Eifel... Querido demais...
Falamos dos nossos, dos outros, da vida, das desilusões, das coisas que vêm dando certo, dos planos pro futuro, das mudanças, rimos do passado, fotografamos na madrugada o presente, as árvores, as luzes enfim, um pouco da vida.
Falando de graça, o que faz a graça é isso tudo mesmo, as risadas e as conclusões... Nesta madrugada chegamos à uma conclusão muito séria... Na verdade pouco importa o Rei cantando todo dia no transatlântico, o barato mesmo, ia ser passar o dia inteiro fazendo nada curtindo uma vibe no meio do oceano, tomando refrescos sem compromissos maiores com a vida...

Rio 40º


Depois de ter quase lambido a tela da TV durante a nova microssérie da rede bobo, resolvi que eu ia encontrar com a Rê. Bom, vocês devem se lembrar que há não muito tempo atrás eu anunciava tais coisas... Anunciava que aquele desdém demasiado pelo fim do ano, festividades e luzinhas se transformaria nisso... Nessa sensação de que o mundo vai acabar e que eu tenho de ver todo mundo... Tal patologia já se encontra fomentada em minha pessoa, mas na boa, acho que não seria eu mesma se não mudasse de idéia com tanta freqüência e não fizesse tantas outras coisas com essa regularidade...
Sei que revi minha amiga, brindamos várias, fumamos vários, sorrimos tudo, nos abraçamos muito e clichê relembrando.

O mundo ideal é um privilégio ver daqui...

Existem pessoas que não podem ser misturadas umas às outras, pois tal mistura pode ser algo um tanto perigoso, quiçá explosivo, mas demasiado bom e feliz no frigir dos ovos...
René Guerra guardem bem este nome, ele é fera no que faz, queria eu ter um terço de sua sensibilidade. Um amigo amado, profissional (cineasta/roteirista/diretor) incrível, generoso e digno de um grande amor... É com ele que eu como pizza à luz de velas, afinal o que seria de nós dois se não existisse essa amizade!? Talvez com outros, mas não seria bom o bastante, pelo menos não pra mim, é pra ele que eu conto minhas aflições amorosas, minhas platonices, meus sonhos, minhas confusões e no fim de tanta verborragia lhe pergunto:
- O quê você acha!?
E Renè sempre de uma maneira sutil, às vezes doída não nego me diz o que eu preciso ouvir, mas nem sempre o que eu quero... Mas penso que talvez por isso, por ele dizer sempre o que eu preciso e não o que quero ouvir que ele seja uma pessoa pela qual tenho eu muita estima e admiração.

When she will marry me outside with the willow trees...

Dançando junto e pulando de alegria, tenho vivido estes dias junto de meus amores e novos amores. A cada semana tenho adotado uma nova pessoa para ser admirada e amada, e como é bom isso... Hoje falava de amor com uma amiga e dizia à ela o quão brega e ridículo é o amor... Mas falsa moralista que sou, não vivo sem um e vários outros secretos... É o que faz a gente planejar, esperançar, é o amor que faz a gente acordar os dias e saber que talvez sem amores a vida não faria sentido. Vida é amor, pode parecer bobo, barato, clichê, lugar comum, porque é eu também acho, mas é o clichê que todo ser humano procura mesmo que nas profundezas mais obscuras de seu íntimo. A gente procura o amor, procura alguém, à quem dar amor, procura alguém que nos ame e assim dormindo e acordando todos os dias...
Sou toda coração...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Now i'm ready to close my eyes

- Chico Aníiiisio

A sede transcendental da madrugada passada ainda se fazia presente aqui, era meia noite, eu assim, ainda sem plano nenhum, sem vontade e cheinha dela ao mesmo tempo...
Daí o celular começou a re-funcionar... Algumas sugestões peguei a bolsa, sem rímel nem delineador líquido e fui, nem sabia o que era ao certo, sabia apenas que era querida lá.
Lá era bem bacana e foi ficando cada vez mais interessante, cada vez mais pessoas, mais amores e do nada a noite que não seria nada virou uma noite incrivelmente apaixonante, cheia de desenhos lindos, estrelinhas, a cada abraço mais um motivo por ter ido para lá mesmo sem saber o que era... E as musiquinhas!? O coro e as dancinhas junto, tudo cheio de sorrisos e cores e ar... De inicio estava meio receosa medo de ir e não encontrar com nenhum dos meus, afinal eu não confirmei minha ida... Mas conseguia ver o brilho dos meus olhos ao avistar as minhas meninas, sem falar naquelas que combinaram presença no evento do dia anterior e não apareceram e de maneira descompromissada apareceram lá. Lá foi muito bom. Ganhei muito antropologicamente falando em ter ido, pois também vieram os novos junto com os velhos, veio as trocas, a energia que eu precisava muito naquele momento. Lá tinha, Amanda, Juliana, Marina, Teresa, Naíma, Ana e varias outras alegrias coloridas... É inevitável falar de alegria sem falar de cor, não consigo senti-la em p/b.

-Tell me, baby, what's my name...


Já era umas 3h40 da madrugada eu devia seguir pra casa, pois o que mais eu poderia querer depois de tudo o que aconteceu!? Tinha felicidade transbordando pelos lados... Mas daí eu me lembrei que era aniversário de uns amigos que foram muito importantes para mim em um dado momento de minha vida e que há muito eu não os via... Resolvi mudar o trajeto e ir dar-lhes um grande abraço...
Matrix como sempre um lugar bastante acolhedor (na verdade é quase uma extensão de minha casa) o qual me dá a sensação de ter chegando num mundinho particular só meu. Encontrei os aniversariantes e era perceptível o quão felizes ficaram em me ter ali e eu de revê-los daí o motivo de ser efusivo e tal... Eu queria tirar fotos para comparar com as que eu tenho do início do século, do tempo em que as coisas eram mais leves e os sonhos maiores, mas ando com certa preguiça de fotos (mais ainda de ser fotografada).
Houve um momento que rolou uma seqüência de músicas incríveis, sei que fui à cabine dar um abraço no meu querido amigo Serginho, nos questionamos sobre a vida um do outro, sorrimos, dei-lhe um abraço, encostei a grade novamente ao lugar de início e quando cheguei ao meio da pista escuto: “Once I had a love and it was a gás...”. Incrível como Serginho é sensível e querido, eu não precisei nem pedir, ele simplesmente executou, pois sabe o quanto gosto da música e que me faria feliz... Ouvi, senti e percebi que já tinha cumprido minha “missão” naquela noite e que podia me retirar do local... Sem me despedir, cantando a música eu abri a porta e saí, com o coração cheio de saudade, mas não dava para dar tchau, ia doer, preferia assim, pois a sensação de “até logo” parece mais fácil e próxima quando não há despedidas...

- I just called to say I love you...

Fim da saga de um sábado que não era pra ser, agora eu vou pegar o Johnny e ir pra casa... Afinal pra quê chegar às 6h se eu posso chegar às 4h45!?
“Vem ni mim, to indo pro fili, booora!!!”, num horário desses um convite como esse vindo de Cristiana, não dá pra não ir encontrar... Voltei do meio do caminho, bati na porta do bar (sim o Filial já estava fechado), abriram eu entrei e avistei-a... Toda linda, loira, frenética e com os abraços mais fortes e acolhedores que uma pessoa podia receber àquela hora. Trocamos meia dúzia de palavras corridas e efusivas, nos abraçamos muito e despedimos depois.

-Pour a little sugar on it honey...

Transcendental foi minha sexta-feira... Há certo tempo venho me rendendo aos “prazeres” das birinight’s. A sede do Saara resultante no sábado deve-se à essa minha prática...
Sei que regada há uma carta musical variada que ia de Oingo Boingo, Sugar Ray e The Archies à Strokes, Oásis e Bandas alternativas das boas eu me deleitei de drinks e conversas fiada de qualidade... Ainda consigo sentir a barriga doer de tanta risada que esse evento gerou...
Ando um tanto “Narcísa” e me amando muito, embora eu me judie bastante. Percebo que tenho evoluído bastante como pessoa, embora ainda seja demasiado individualista e sofra para ir contra essa vertente. Não sei ao certo o que vai ser quando tudo acabar e o como se concretizará o fim, se é que terei como prestigiar tal, mas acredito que na medida de que se faz possível e às vezes até impossível eu sou muito feliz e isso é importantíssimo, saber que se é feliz e que vale a pena viver, mesmo que o sol doa quando nasce que a noite desespere quando chega, que as lágrimas sejam incontroláveis, que os amores sejam demasiados e não correspondidos, que os planos não dêem certo, que os sonhos se protelem e que o cansaço queira enraizar, mesmo que tudo isso aconteça o conjunto faz a vida ser maravilhosa a cada aurora sorrindo vista da padaria com um pão-na-chapa na mão e uma coca-cola na outra. Eu queria materializar todas as fotografias que estão na minha memória.

sábado, 22 de novembro de 2008

Cinema transcendental...

Era da Mari, daí eu roubei pra mim e ouço um milhão de vezes como eu fazia com “There is an End”... Quer declaração maior, mais linda, mais festa que ouvir: “Pena de pavão de Krishna, maravilha, vixe Maria mãe de Deus, será que esses olhos são meus...?”. Putz acho tudo, é pra ficar ouvindo, balançando e sorrindo...
Existem coisas que são pra vida, como “Eclipse Oculto” e ”Trilhos Urbanos”, a gente se acha no meio da letra e vai junto com a melodia, de repente se pega tomado cantando junto e pulando...
Percebe: “Mas na hora da cama nada pintou direito, é minha cara falar, não sou proveito, sou pura fama...” é muito deboche recheado de verdade e felicidade. Não tenho problema em ser clichê de coisa boa, de coisa maravilha como é isso tudo.
Sabe, há tempos (três dias) queria dizer-lhes da minha alegria sobre isso tudo, e fazer todo mundo pular junto... Porque realmente é muito lindo...
Sabe o natal!? Então, ta chegando... Vocês se lembram que eu, há não muito tempo atrás falava do meu bode de tal época, etc., etc... É incrível Perdizes já se encontra toda enfeitada, as mansões do Boaçava já são verdadeiros espetáculos de luzes e de quando em vez até sons...
A quantidade de elementos natalinos se multiplicou num piscar de olhos, as “promoções”, as ilusórias facilidades de pagamento, as TV’s de plasma, os home theater’s e todas essas babaquices que enchem os olhos dos brasileiros e parte dos americanos deslumbrados...
Hoje a minha mãe já veio com um papo pesado de “onde vamos passar e o que vamos fazer no fim do ano”, odeio esses plurais... Eu vou passar o meu reveillon sozinha em algum lugar por aí, to na paz dessas caretices grupais de família e tudo mais... Tudo bem que minha mãe cozinha pra caralho e bom garfo que sou tenho plena consciência do banquete (sim sempre são banquetes, pois mamãe é exagerada) que hei de perder... Mas ando numas de individualismo, quero fazer as minhas coisas sozinha, ando meio sem paciência para grandes eventos e coisas que envolvam muitas pessoas e troca de afetividades e vibrações...
Ontem eu estava aqui, exatamente aqui neste mesmo lugar nessa mesma cadeira, escrevendo como agora coisas distintas destas, mas escrevendo sei que me deu um impulso e eu fui pra cozinha fazer o famoso brigadeiro do desespero, na seqüência eu fui tomar banho, me arrumei peguei o carro e fui passear... Isso era umas 2h30 da madrugada... Ah, sabe, sai meio sem rumo, achei um japonês aberto numa região a qual eu desconheço para vos dizer, comi, fiquei lendo umas revistas, depois peguei fui pra Vila, passei no bar de uma querida que não via há tempos, daí fiquei andando, poluindo o ar, produzindo gás carbônico, vendo a cidade, aí voltei pra casa... Sei que dormi gostoso até a hora que os astros permitiram, melhor, até a hora em que minha mãe despertou numa função maluca a qual eu fiz por inércia e com muita raiva... Ta é pesaroso dizer que fiz com raiva, mas vou mentir, fiz mesmo, tava desesperada de sono e fui obrigada a cortar essa vertente e ser simpática... É eu tenho sérios problemas que me deixam extremamente irritada... Basta deixar-me com fome e sono que eu viro uma máquina mortífera. Sei que eu fui continuar o sono cortado por volta das 14h da tarde, mas curti... Dormi ele de fio à pavio.
Vou me jogar na desvairada pra ver o que há de bom, embora eu já tenha destino prévio certo (o que eu particularmente acho de qualidade dúbia) estou meio que tomada de uma preguiça descomunal, pois as condições climáticas que os astros proporcionam no momento não é das mais agradáveis para se socializar com o mundo... É o que tem pra agora, então, abraça! Brincadeira vou ver minha amiga querida, a Rê, desfrutar de umas birinight’s e de um bom papo. Acho sóbrio para tal dia.

sábado, 15 de novembro de 2008

Ele falou: -Você tem medo. Aí eu disse: - Quem tem medo é você...

Sempre vai ter alguma das partes dizendo que ainda é cedo, se não sempre, na grande maioria das vezes, é muito difícil ter o momento em que ambos cheguem nesse mesmo consenso. Daí, as coisas meio que se misturam e a gente fica em parafuso (com todos eles soltos e desregulados...). Mas acredito que é no momento em que faltam as palavras o beijo já não basta mais, fica aquilo (que não tem nome só é sentido), um vai e fala: - Eu não sei! É tão ruim esse vácuo, essa falta de informação sensorial, é quase uma amputação, deixa a gente aleijado de argumento.
Putz falando nisso’s, me deu uma sensação de dejavù péssima. Eu não queria mais falar sabe!? Na verdade eu queria é gritar, morder o volante do carro, mas não queria falar! Eu só queria sair correndo, ficar ali tava doendo, sofrendo... Não, não me empurra, não chama... Daí eu disse que já não sabia mais e que eu não queria mais... De repente fica lugar comum, aquele monte de perguntas... O problema é a falta, é o não fazer, é a inércia que me mata, come tudo por dentro, a cada telefonema, a cada passeio, no decorrer do tempo as coisas acabam perdendo o sentido, o frescor, o calor a vontade. Eu me peguei no mundo olhando pra cima procurando por mim mesma e não me achava mais...
Sei te dizer que foi tudo bastante estranho... Na hora em que eu tive de dizer um milhão de coisas hostis e reais, eu queria mesmo é ter a certeza de que era tudo um grande engano, quiçá até pedir desculpas botar o nosso som e dormir no sofá até a hora do almoço do dia seguinte... Mas na verdade, o melhor mesmo foi não ter tido o almoço do dia seguinte, o dia seguinte não ter acontecido porque sei lá, não tinha sentido...
Caralho! Ta meio Paulo Coelho esse negócio... Sei lá, às vezes eu chego em casa e fico pensando em tudo o que foi discutido na noite, em todas as pautas que poderiam ter sido e não foram e acho que é bacana dissertar sobre tal. Uma coisa meio “Saudade do que não foi” e/ou o clássico “A volta da pauta que não foi”... Ta é cansativo, eu sei, meu querido amigo eu sei... Juro! Juro que eu sei, mas queria que tu pudesses sentir a dor na barriga que tenho aqui comigo de tanto que me esbaldo, deleito e dou risada... É demais, isso tudo, a vida (pelo menos a minha) é muito engraçada, diria mais é quase uma piada!
É meio “looser” admitir isso, mas sabe que eu até gosto. Pô há movimento, novidade, acho importantíssimo novidade, mesmo que seja de você pra você mesmo... Tem de haver novidade. Vida sem acontecimentos, sem movimento deve ser “uó”. O portador dessa está fadado à monotonia, tristeza e quiçá (adoro essa palavra “quiçá”!) a solidão. Péssimo num é não!? Ai, eu acho. Eu acho, eu acho, eu perco, eu acho, eu acho um monte de coisa sobre nada também... E vivo perdendo... Mas às vezes, na real quase sempre, eu acho... “Achismos” a parte o importante mesmo é embasar... Esse negocio de achar, pensar, blá, blá, blá, é muito fácil e cansativo também. Quero ver é defender, opinar de fato... Achar é fácil. Eu não acho nada se você quer saber...
Sabe eu fiz um prato enorme de brigadeiro... Gosto de brigadeiro, gosto de chocolate, na verdade eu gosto muito de comidas no geral... Você que me conhece, mas conhece mesmo, convive e pá, ta lado a lado ta ligado... Porque também têm essa né, outro dia chegou um amigo meu e lançou uma de que “todo mundo” me conhecia... Fala sério, ainda achava graça... Confesso que fiquei um tanto cabreira, porque não é verdade, se todo mundo que me oferecesse comida soubesse que não sou magra porque eu quero ser, que eu me empenho bastante para mudar tal quadro, talvez não me oferecesse mais, levando em conta que eu nunca, ouçam bem NUNCA deixo passar uma boquinha, sou apreciadora das mais variadas cozinhas desse mundão, ofereceu ta aceito pois aqui não têm desperdício... Por isso a partir de agora quando estiver comendo perto de mim pense bastante antes de me oferecer... Porque eu vou aceitar!
Olha só, vou ali me recolher tal, porque meu lado sóbrio e honesto ta me falando que eu estou me expondo demais, as coisas do lado de cá estão muito afloradas e que este não é o melhor momento para falar algo edificante, até mesmo porque se você que me lê procurasse qualquer coisa do gênero não consultariam à mim e sim à um engenheiro... Certo? Bom eu acho que sim. Mentira eu não acho nada.
Só pra terminar, outra vez eu tinha o texto perfeito na cabeça pronto para ser datilografado e a preguiça falou mais alto e eu tive de passar... Mas confesso que dessa vez eu não me lembro nem qual era o gancho... Liga não, a idade é fogo, a gente vai ficando meio esclerosado com a amnésia bastante aflorada e isso torna-se normal no dia-dia.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim.

"Deixa que digam
Que pensem
Que falem
Deixa isso pra lá
Vem pra cá
O que que tem ?
Eu não estou fazendo nada
Você tambem
Faz mal bater um papo
Assim gostoso com alguem ?
Vai,vai,por mim
Balanço de amor,é assim
Mãozinha com mãozinha pra lá
Beijinhos e beijinhos pra cá
Vem balançar
Amor é balanceio meu bem
Só vai no meu balanço quem tem
Carinho pra dar..."


Eu devia ser mais introspectiva... Ou não. Mas cá entre nós a Cicarelli é uma infeliz... Coitadinha. Uma pessoa com um histórico pesado como o dela, só pode ser psicológicamente afetada como foi possível perceber na noite passada... Humpf. Polidactilía a parte, vamos tocando a vida com muito samba e cerveja que fica mais leve.
Tenho chegado à grandes conclusões de grupo, a mais edificante da semana foi a de que não é só eu quem acho que as coisas andam bastante insensíveis e desrespeitosas... É péssimo ver com o ser humano já não se importa em ser minimamente educado e sensível com o desconhecido, tá tudo muito hostil, triste, frívolo. Mas enfim, cabe a mim, à ti, aos passantes sentimentais tentar fazer o oposto, fazer um carinho mínimo que seja e não causar no próximo, (mesmo que desconhecido) um sentimento de repulsa infundado e desnecessário. Não mata, é só escrever meia dúzia de palavras ou pegar o telefone e falar. São pequenos gestos, palavras bem colocadas em momentos adequados que fazem a vida mais quente e prazerosa!

sábado, 1 de novembro de 2008

- Não sei, mas sinto que é como sonhar... Que o esforço pra lembrar, é a vontade de esquecer...

Faz exatamente quatro dias que estou ensaiando pra escrever... Ah, mas daí eu to lá na sala o texto fica todo ali me perturbando falando: - Vai Mariana, escreve assim, assim, assado... Alho, bugalho, etc. e tal... Mas poxa, eu fico pensando muito e as coisas vão ficando cada vez mais lindas e mais floridas, cheinhas de cores, sonzinhos, sorrisinhos, e eu fico viajando por demais com minhas “cocas-cola” e quando dou por mim os passarinhos já estão tudo cantando em grupo lá fora o dia já se faz um tanto cinza e chato, sim chato, porque eu não escrevi nada, não dormi, ficou esse nada e tudo aqui dentro, veio e não foi daí eu fico injuriada, desligo as músicas (sim, minhas pirações sempre se dão junto de músicas que eu fico ouvindo por mais de mil horas...), estico meu lençol, arrumo meus travesseiros mergulho na minha cama e fico virando de um lado pro outro até o sono chegar e em menos de duas horas no processo de “REM” ser acordada abruptamente por minha ilustríssima mamãe dissertando sobre um milhão de coisas as quais devido ao estado de embriagues eu não entendo nem meia, aí o sol faz arder os olhos, a cama desconforta, eu começo a sentir sinais de violência se aflorando por dentro (vontade de sair gritando pro mundo “CARALHO!!! EU QUERO DORMIR!!!!!!”), uma infelicidade mau demonstrada, uma coisa “meio pela metade” sabe!?
O importante é que eu não me lembro mais o que eu queria escrever há quatro dias atrás... É uma pena, pois eu sei que era muito mais legal que tudo isso que venho falando até agora... Mas sabe como é, os passarinhos cortam a vibe, daí acabo bodeando de falar e vou dormir. Só que depois eu não me lembro e fico nessa ilinearidade verbal perturbando vocês leitores com essa conversinha fiada... Me sinto tão mal por isso... Eu tenho um problema muito sério que se eu tenho uma boa idéia, um bom pensamento, uma obrigação enfim qualquer tipo de afazer se não fizer no exato momento em que me ocorre eu me esqueço pra todo sempre e depois só com reza brava (às vezes nem assim...) pra lembrar e realizar...
Sei só que ouvia “Los Hermanos”, sorria e chorava, olhava pra frente e via um retrato, estava fumando um cigarro, aí eu falava sozinha com pessoas imaginárias, queria dar um abraço, mas eu estava sozinha.
Para este não ser vão, quero manifestar minha indignação com todos os acasos infelizes da minha vida... Sim, são infelizes, pois são os acasos em que eu sempre penso que pode virar alguma coisa bacana e fica aquela coisa meio matemática, um conjunto vazio.
Ah lembrei... Mentira! Mas é bacana frisar que outro dia, numa das várias madrugadas em que eu vou ao “Pão de Açúcar” da Cardoso comprar refrigerante, numa delas, na verdade nessa última que faz quatro dias eu observei que ele já se encontra tomado de sinais natalinos... Uó. Ai, não curto natal acho um grande saco! Era um tal de panetone, chocotone e afins espalhados pelo supermercado, logo menos começam as promoções de peru, tender, chester, pernil, enfim as coisas começam à tender pra uma vertente mais mórbida, a galera se desesperando porque ainda não comprou o tal do pernil, o bacon da farofa, as romãs do reveillon, a maçã verde da maionese, entre outras milhares de coisinhas chatas... Acho esse desespero todo um saco! Pô, é só um ano que ta acabando, é só um dia, odeio essas mitificações infundadas (ta tudo bem pode ser meio radical e chato esse meu pensar, mas racionalmente, de maneira clara e palpável é isso mesmo). Gosto mesmo é do tal feriado... Isso é bacana, se vai fazer um passeio (às vezes não), dar uma espairecida, dar uma variada na rotina... Queria dizer que crenças a parte, tradições, enfim, sempre depois do dia 31 de dezembro vem o dia 1º de janeiro do próximo ano e vai continuar tudo seguindo, a vida ainda há de existir para boa parte de todos nós e enfim, não é isso que vai mudar o rumo das coisas, sei lá eu penso assim, um pensamento bem pentelho, bem chato, ruim, desesperançoso quiçá errado. Sim posso estar pensando tudo errado, de maneira hipócrita e sendo até bastante falso-moralista, pois quando estiver perto do dia 20 de dezembro eu sei que eu vou me encontrar desesperada pra ver todo mundo que eu ainda não vi neste ano que esta acabando, louquinha de vontade de abraçar todos os meus amigos, todos meus amores, que eu vou começar a pensar no vestido do reveillon, na monotonia do meu natal, pesquisando sobre as baladas pós-natal que vai rolar na cidade, onde eu vou passar a “virada” (há há há há!!!! Virada! Acho bizarra essa expressão), com quem, se vai ter ondinha ou não, etc., etc., etc...
O que eu quero falar mesmo, é que eu ando com preguiça dessas correrias todas... Pra quê comprar presente de natal!? Ah ta, é legal ganhar presente, dar presente, mas sei lá, não fico me pegando muito nesse negócio de datas, nessas horas eu agradeço não pertencer a uma família tradicional e cheia de frescuras saca!? Acho bonito, é bonito pros outros, é bacana de ver na TV, mas eu não quero to na paz...
Quero passar meu ano que nem eu to agora, comendo bem sempre, ouvindo “Odara” e tantas outras canções bacanas, com uma graninha legal pra fazer as vontades do dia-dia, trampando, lendo coisas legais e aí o que vier é lucro.
Já é cedo, vou me deitar, pois “amanhã” é um “novo dia” e eu tenho uns planos que eu já sei que não vou conseguir realizar, mas na boa, sem frustrações o importante é saber que eles existem e que a vontade de realizá-los também... Essa semana foi uma droga, cheia de chateações, pessoas desnecessárias juntos com seus momentos e comentários desnecessários, muitos eu acho chato porque eu acho, um povo sem argumento e eu me incluo neles, sei lá preciso parar de ficar preguiçosa (sim de vez em quando eu fico), é tão ruim, tão pra baixo, entrando hoje na contra-vertente, movimento mais, nem tudo esta perdido, a tal da felicidade se faz em mim e eu sou super do bem, existe muita coisa bacana pra rolar que eu às vezes me esqueço junto com a minha preguiça.

sábado, 25 de outubro de 2008

Os Alquimistas estão chegando...

Se aqui eu vos falasse sobre o que rola no dia-dia da minha vida creio que seria um tanto maçante, chato e cansativo. Isso redundante... Afinal de contas isso aqui não é um classificado, muito menos um informativo com balaços gerais do que rola ou deixa de rolar em minha vida, na sua, na dele e de quartos, quintos...
Tiago ontem me indagou: “ Mari você vai colocar lá no teu blog uma notinha falando: estive ontem no QiB encontrei com meus amigos Tiago e Ferrero, degustamos algumas brejas, trocamos idéias, ouvimos um som....”. Bom, não eu não vou fazer isso honey. Não vou dizer também que eu me embriaguei que tomei varias que não eram requentadas, juntamente com vários brigadeiros e pinga com mel, que me perdi, que fechei o CA, que estive no CRUSP, que ouvi várias lendas dos nativos, entre elas o clássico “Canalhassss!!!!!”, e que a balada só foi acabar hoje às 12h... Não, não, não eu não vou fazer, comentar isso meu caro. Tenho por ti um demasiado apreço, mas acho deselegante entrar nesses pormenores nos âmbitos do blogspot.
A parte todos os devaneios não posso deixar de lhes falar dos meus “hard day’s”, das esperanças, expectativas e possíveis felicidades que foram geradas nessa semana... Odeio probabilidades deixam-me um tanto descompassada e sem eixo... Digo, pois faz exatos quinze dias em que eu troquei o dia pela noite literalmente... Durmo os dias e vivo as noites... É bastante complicado isso, acabo caminhando meio que sem rumo, sei que sou Dionisíaca, dada às noitadas, eventos, confraternizações e baladas, porém digo-lhes que não é fácil... Às vezes da uma grande sensação de vácuo por dentro...
O ano esta terminando e tenho reparado que as pessoas já se pegam preocupadas em pensar pra onde vão, se vão, quando, com quem fazer isso, aquilo, Natal, Reveillon. Não sei se as pessoas estão demasiado aceleradas ou eu que me encontro estagnada e sem expectativas edificantes e talvez até importantes para o futuro próximo... Não sei mesmo... Não quero fazer planos, não gosto deles.
Fazendo um clichê “hoje só amanhã”, pois tenho de banhar-me vou encontrar com meu irmão para realizarmos mais um grande encontro noturno ( que eu gosto pouco...) no qual amigos vão cantar, tocar, outros virão para somar, agregar, sorrir, comer e mais uma vez beber sair, fumar, caminhar, etc., etc...

domingo, 19 de outubro de 2008

You're so fucking special

There Is An End - The Greenhornes

Words disappear,
Words weren't so clear,
Only echos passing through the night.

The lines on my face,
Your fingers once traced,
Fading reflection of what was.

Thoughts re-arrange,
Familar now strange,
All my skin is drifting on the wind.

Spring brings the rain,
With winter comes pain,
Every season has an end.

I try to see through the disguise,
But the clouds were there,
Blocking out the sun (the sun).

Thoughts re-arrange,
Familar now strange,
All my skin is drifting on the wind.

Spring brings the rain,
With winter comes pain,
Every season has an end.

There's an end,
There's an end,
There's an end,
There's an end,
There's an end.


Agora ouça isso mais de 15 vezes por dia, bote todos ao seu redor para ouvir junto e veja o que vira... Talvez não vire nada não, mas é complicado quando tomamos algumas coisas para nossa vida assim sem intervalalos... Acho uma puta falta de respeito!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor!

Na expectativa de que ele volte pra si, volte a ser aquele o qual eu conheci dou-lhe um tapa, no intuito mesmo que subliminar de dizer: “Heeey, cadê, cadê você? Volta! Pára com isso, eu te amo!”
To aqui ouvindo um som, na verdade vários sons uma porrada deles e é incrível como todos, sem exceção me fazem lembrar, pensar e querer por perto aquele à quem dedico o meu primeiro pensamento do dia.
Quer coisa mais broxante do que ouvir “Jungle Boogie” e pensar, “Selim” e continuar pensando, “Nega do Cabelo Duro” e pensar de novo, “Esotérico” e pensando: “Meu Deus como eu sou maluca!!!”, entre outras pérolas musicais, estas foram apenas para fazer uma breve ilustração do quadro de insanidade mental da locutora que vos fala.
Sim é patológico, é grave um tanto fora de controle. Ainda to levando a vida sem deixar que ela me leve, mas é complicado.
É incrível como eu fico idiota quando tenho a quem dispensar o primeiro pensamento do dia... Tudo faz lembrar, um poema idiota de Melamed, uma música do Caetano e todas as outras do Chico Buarque. Leio coisas que não fazem o menor sentido como “Frederick Perls” (psicanalista judeu) e descubro que o cara é poeta, sim um psicanalista poeta se liga:

"Eu faço as minhas coisas, você faz as suas
Não estou nesse mundo para viver de acordo com suas expectativas
E você não está nesse mundo para viver de acordo com as minhas
Você é você, e eu sou eu
E se por acaso nos encontrarmos, é lindo
Se não, nada há a fazer."


Daí começo a viajar, fazer divagações longas (eu odeio divagações), ouvir um milhão de vezes a mesma playlist, e achando que “Sade” é música pra vida e que eu deveria ter participado da formação original dos “Novos Baianos”.
A real é que quando eu fico assim fora de sintonia, meio colorida demais, meio p/b demais ta na hora de eu voltar pro meu centro.
É eu perco o centro, o chão pelo menos uma vez por ano e é punk ornar as coisas novamente. Muita coisa fica fora de lugar, fica tudo tão abstrato, bagunçado que eu não sei por onde começar...
É o mano saiu por aí, ta meio perdidão, não sabe aonde ta nem pra onde vai, faz crescer como fermento fleshman uma coisa muito louca por dentro, confundido tudo e fazendo eu ficar assim, agressiva.
Sim, por que cá entre nós, de vez em quando, quando falta o chão e entramos em parafuso há a necessidade de um chacoalhão, não há nervos que suporte tanta loucura, tanta bagunça... Pô, eu aviso antes, falo: “Presta atenção... Se liga!” Aí não me dão atenção sabe, neguinho subestima minha insanidade mental... Depois sai falando que eu sou violenta, hostil, sem berço, maluca, doida entre outros adjetivos... Mas acho justo, mais que isso, acho digno ainda mais quando há aviso prévio poxa... Terminantemente eu não tenho mais paciência. Por isso fechei para balanço sem data prevista para reabertura dos portões...
Seria muito bom que fizesse o favor também de botar as coisas no lugar antes de bater a porta. Muito feio fazer bagunça na vida alheia e sair andando pela porta dos fundos sem dar ao menos um tchauzinho. Trata de colocar a mesa na cozinha, a cama no quarto, as gavetas que ocupaste no lugar, o coração dentro do peito e apagar a luz.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Dando a Elza...

Fim das eleições, acidentinho automobilístico, bebedeiras, comemorações e muita alegria... Basicamente isso que resume meus últimos dias...
Pega carro, vai parando, falando, contando histórias, dando risadas, usando disfarces, contando algumas estórinhas pra sair das roubadas e bora ir pro maracatu ver as amigas, tomar tubaína, me iludindo daqui, iludindo o outro ali, sorrindo-olhando-flertando e esperando.
Hoje o pescoço-costas-todooresto ainda dói pra caralho, mas enfim, sobrevivi mais um, não derrubei postes nem atropelei nenhum ambulante mas a batida que deram no Joãozinho foi bastante para deixar-nos afastados por pelo menos uns quinze dias... Ele já precisavam mesmo ir pro boxe, pena ser dessa maneira, mas vamô que vamô. Eu hei de ficar bowinha logo, acho que uma fisioterapiazinha pro pescoço ficar zero bala vai dar um help!
Tenho pra dizer também que mesmo nesses tempos de loucura, de trabalho demasiado e estressante, no meio das maiores adversidades e improbabilidades eu acredito ter conquistado e mais que isso fui conquistada por um cara o qual eu nunca imaginei que pudéssemos ser mais que parceiros de trabalho. Eu essa pessoa todososlugaresdomundoepessoasjuntinhoagoramesmo, como sempre exercendo as minhas 1001 utilidades acabei tendo de ir fazer um trampo com o Guilherme. Ok trampo é trampo independente com quem seja... O movimento era complicado, achei que daria tudo errado se não houvesse humor... Bom, para os que me conhecem sabem que dar graça à desgraça é minha especialidade, assim vamos nos disfarçar e fazer o que têm de ser feito com muita alegria, muito humor e fazendo um carinho no receptor da nossa mensagem... E assim foi, e tudo foi incrível, formamos uma dupla mais que dinâmica incrível e imbatível! Com todo o contraste e improbabilidade vivemos o verdadeiro “oposto que se atraiu”, mais que isso demos certo. Dia a dia era possível se aprender algo, confesso ter aprendido coisas, mínimas que seja, aprendi com o Gui, e creio que ele aprendeu também, a troca foi intensa e contínua, daí ter sido edificante a convivência.
Ao Guilherme queria dizer que mais do que meu parceiro de discussões infundadas, tapas merecidos, músicas, filmes, madrugadas frias de trabalho à ele dedico sentimentos de sincera surpresa. Hoje depois da maratona que vivemos “juntos”, de todos os causos e acidentes tenho pra mim o Gui como um querido, que eu quero pra vida.
Quero terminar este dizendo que a vida é um caixinha de surpresas... Sim foi uma piada e eu novamente pra não ser surpresa, ri sozinha.

“Traz todo mundo, 'tá liberado, é só chegar.
Traz toda a gente, 'tá convidado, é pra dançar,
Toda tristeza deixa lá fora; chega pra cá!”


(ouvi essa ontem e o Gui disse que vai virar.)

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Moço cadê a porção de batata que eu pedi?


Tive um fim de semana diferente. Foi tão incrível rever minhas amigas... Sim estar só com as meninas e me sentindo novamente com 15 anos... É engraçado como juntas a gente consegue trazer pra perto todas as cores que tinham nossas tardes depois da escola, as fofocas, piadas, sorvetes na PUC, parede do CSD... Vixe, tanta coisa junto que fica indizível.
Mas meu sábado foi especialmente adolescente... Passei na casa de um monte de amigo num dia só como fazia nos tempos de escola, tomei café com uma amiga aqui, almocei outra ali, dancei outros e maracatu geral, café com as “tias”, bar depois, mais jantar, mais make junto da amiga, troca roupa, prende cabelo, pega carro, vai, se perde, se acha, e chega.
Incrível ver como a Melissa continua linda como sempre, meiga, estranha, hostil e risonha. Melina já não é mais uma menina tímida de óculos, virou um mulherão toda vaidosa e colocou até silicone. A Sâmia continua a coisinha pequena mais incrível de toda a estratosfera intergaláctica junto com seu respectivo de mil anos Marco e seu humor bárbaro. A Pola sem comentários, não está, sempre foi belíssima, chiquérrima e parceira. Quanto à Amanda, não há o que se dizer quase 1,80m de pura gostosura, irreverência e alegria, generosidade e doçura à milhão.
Resumo da ópera, toda essa mulherada junto, com uma mala de passado e uma bagagem de mão de presente para contar numa mesa de bar, não prestou... Muita risada, muito “deixa eu te contar”, “você não sabe”, “há há há há há”, “e aí”...
É triste dar tchau, aí eu tenho de fazer rápido pra não sentir demais e não querer mais ir embora... Trouxe comigo o melhor sorriso de cada uma delas e o abraço com saudade matada, morta, morrida e já nos planos mesmo que incertos de reencontro breve, sem demora.
A propósito, depois de um comentário que ouvi na mesa do encontro fiquei pensando, mas pensando muito mesmo sobre a maneira a qual me expresso e falo. No meio de um dos vários “causos” explanados por minha pessoa na noite, após a chuva de risada certa, fui indagada:
-Você é atriz?
Eu prontamente respondi:
-Não, por quê?
O outro me falou:
-Parece que você atua o tempo todo...
Olha, eu sinceramente fiquei um tanto sem palavras, coisa difícil de acontecer comigo, mas fiquei... E por um instante na balburdia refleti seriamente sobre o que falo e como... Segundo quem me perguntou isso foi um elogio (um tanto esquisito), disse-me que gostava da maneira alegre, espontânea e representativa a qual eu falava e expunha as coisas e fatos... Mas eu louca, e cheia de manias, e tiques já fui além, e pensei que talvez ele estivesse achando que eu não estava sendo verdadeira, no que eu dizia. Fiquei com raiva. Boba, mas fiquei, quem atua, sente, eu sei, já atuei muito nessa vida... Mas quem atua também mente. Pensei que talvez eu fosse um misto de sentimentos mentirosos. No fim de tudo, cheguei à conclusão de que eu sou tão feliz, de que sou tão contagiante e cheia de luz que as coisas todas que eu falo acabam parecendo um espetáculo. Na verdade eu disse: “Honey, minha vida é um grande espetáculo”.
Quero todo mundo com o ticket na mão no próximo encontro. Na verdade eu acho mesmo é que o mundo deveria me remunerar somente pela minha existência. Não é todo espetáculo que o protagonista exerce o empirismo sem ter a certeza de sair vivo da cena, sem nenhum contrato e registro em cartório.
Ok, passou, passou... Voltei, meu lado Narciso foi embora, to aqui novamente para encerrar este texto de maneira sóbria e nada espetacular.
A mensagem que quero deixar a vocês meus leitores nada assíduos é simples.
Fui, ando com uma preguiça enorme de escrever aqui, e não sei quando volto denovo. Foda-se também eu quero dizer. Foda-se a linearidade, a falta de nexo, as vírgulas e reticências que só eu entendo. A parte todos os “foda-se” há aqui também muito amor e alegria, daí a existência deles.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Saudade do que não foi...

É contraditório, confuso e um tanto surreal, mas é possível... Sim é possível sentir saudade do que não foi. E vou te contar que sentir saudade assim é tão ruim quanto seria se tivesse ido...
Sei lá, este sentimento se fez lugar comum a mim na noite de ontem... Na madrugada anterior havia falado sobre isso com uma amiga ao telefone... Tentava ilustrar à ela o que ocorreu entre ela e um outro indíviduo e cheguei à essa expressão “saudade do que não foi”... – “O que houve entre vocês é muito louco, estranho, gostoso, mas não foi e talvez não há de ser, é muito ruim sentir saudade do que não foi...”.
Senti ontem reavivar dentro de mim essa coisa, essa saudade... Estava eu desfrutando de um cigarrinho perto de uma fogueirinha e me senti observada, procurei e encontrei. Quem me observava não gosta de olhar fugidio iguais ao que eu tinha aos 17 anos. Mas eu não mudei muito, continuo fugidia e receosa como há cinco anos atrás e me faltou a coragem de encarar e simplesmente retribuir... Sai da cena com um pacote dentro do estômago, ruborizada, tudo complicado, embaralhado, confuso, gemendo, chorando, mas não dava mais pra tirar de dentro. A certeza de que esta saudade talvez fique pra sempre estagnada que me impulsionou a continuar no meu caminho, mesmo que torto para não fazer crescer ainda mais o que não há de ser.
O mais gostoso disso tudo (sim há prazer), é que naquele breve encontro no ar senti que o embrulho se fazia recíproco do lado de lá e que a saudade também era grande.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Coisa

Lá o sol não aquece, arde... A água não chega e não molha. O frio é triste e corta. A luz se faz escassa com o por do sol e a eletricidade é sonho de consumo.

Há cólera no ar. Há também muita esperança misturada com conformismo.

Lá parece que as coisas nunca vão chegar, na verdade parecem que nunca chegaram... As visitas são continuas, um entra e sai, não pára nunca, não há trancas... Eles sorriem e eu me pergunto: como conseguem? São hospitaleiros, carentes e baratos.

Com minha câmera na mão eu ganho o carinho e a desconfiança de todos eles. Lá eu sou tia, eu sou um pedaço de carne disputado e carregado como troféu... Eles querem abraçar, sentar no colo, brincar e saber como é a casa onde eu moro...

É muito triste pensar na casa onde eu moro quando percebo que ali ninguém tomou banho ainda, porque está muito frio e não há água encanada e muito menos quente... Servem-me um café ralo, mas cheio de boa vontade e suor de um salário mínimo.

O meio fio público é extensão de suas “residências”. Andam descalçados como se estivessem na sala de suas casas, se sala em suas casas tivessem, mas o descalçar não se dá por capricho ou conforto e sim por o calçado não existir.

Corta-me o coração ao dar as costas pra um barraco de aglomerado e deixar pra trás muitas lágrimas que eu com apenas um click conquistei e na certeza de que nunca mais irei vê-los pelas adversidades da vida e do mundo. Tento ser fria e agradeço por ter conseguido sair viva de mais um dia doido e dentro do carro no caminho de casa, iluminada pelas luzes de uma via expressa qualquer dessa desvairada, vou olhando lentamente imagem por imagem e pensando na loucura que é o mundo, que loucura é ser um ser vivo, que loucura é saber que muitos deles nunca vão saber de muitas coisas e que a realidade daqueles não vão muito além de uma cerveja na venda ao lado e um ovo colorido.

Aqui vos fala uma eterna lamúria que ouve “Am I the Same Girl”, enquanto reaviva, relata e “ilustra” porcamente a depressão do submundo de um micro ponto no mundo desfavorecido de vida vivida. Eles me perguntariam: “tia o quê é vida vivida?”, creio eu que como agora meus olhos ficariam mareados o silêncio falaria por mim e eu daria um grande abraço.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Hard Core assim.

"Amor
Amor, não me faça chorar
Faça-me chorar
Mas de qualquer jeito preciso e precioso
Ando com o coração na boca e no bolso e sobre os pés
Estou cercado de corações e todos meus
Doendo, pulsando, gemendo, rindo, bisbilhotando
Um passo em falso e esmago meus sentimentos
Um escorregão e caio de bunda no amor

O que fazer com o mundo assim
E não pergunte sobre o buraco no peito
Não é por falta de coração
"

(Michel Melamed)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Perdas & Ganhos

Sabe, perdi os meus óculos neste fim de semana que se passou... É estranho, mas quando estou sem eles me sinto um tanto volúvel e suscetível ao mundo exterior... Pode parecer loucura, mas quando estou com meus óculos, além de enxergar melhor, eu sinto melhor os aromas e odores do mundo, meu paladar fica mais sóbrio e eu escuto as coisas com maior nitidez sonora... Tô me sentindo meio aleijada sem meus óculos, sentindo que existem coisas acontecendo e eu não estou me dando conta... Com meus óculos eu me sentia mais esperta, mais ouvidos, mais sensações... Mas só de pensar em ir à Brigadeiro Faria Lima para poder consultar novamente o meu oftalmo me dá uma preguiça sem fim...
Quanta balela... Não, eu não estou aqui para falar da desgraceira que é minha vida sem meus óculos, nem muito menos ficar aqui tentando achar "ganhos" nessa "perda"... Na verdade a única coisa que eu acho benéfico nessa minha falta de óculos é que eu sou obrigada a ficar 10 vezes mais ligada do que o normal, super atenta... Mas , perito é perito e eu como tal não deixo nada que me é conveniente escapar aos meus sentidos...
Quente e letrista que sou caio numa contradição muito complicada... Ando meio fria e calculista, racionalizando demais os acontecimentos e conseqüências das coisas no mundo...
Tá difícil algum fato/ acontecimento ser bastante para me fazer perder uma noite de sono ou debulhar-me em lágrimas... Apesar da bandeira de "quente e letrista" que carrego tenho me tomado uma pessoa muito insensível e inabalável...
Hoje pela manhã, mamãe chorava em demasia por ter recebido a notícia de que sua grande amiga encontra-se com um câncer de fígado em fase terminal... Bom, eu conheço a amiga de minha mãe, na verdade foi uma pessoa muito participativa, assídua na minha infância, só que não me comovi, não chorei, deitada estava eu continuei... Não que eu ache que é porque é morte têm que se chorar, não, pelo contrário, mas eu ando tão esquisita que eu pensei: "Ainda bem que ela descobriu agora e já vai morrer, sofreu demais para ter de sofrer sua própria doença agora...". Vou sentir falta!? Vou. Vou sentir saudades!? Vou. Já passei várias férias com ela no interior da cidade, partilhei de variados momentos da minha vida, etc., etc... Mas chorar, eu não consigo... E tenho pra mim que sinto... SInto muito, alguma coisa que eu não sei exteriorizar/verbalizar...
Será que é porque estou sem meus óculos!? Ou porque fui acometida por uma gripe horrenda que já me ardem bastante os olhos!? Não sei, sei que ainda não me veio a lágrima.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Agregando Responsabilidades.

Às vezes eu acho um saco ter compromisso com as coisas e com o mundo... Na verdade compromisso é um inferno. Acho tedioso ter responsabilidades, ter coisas que vinculem e prendam a gente... Isso mesmo é isso que você tá pensando, tudo uma grande barbárie, desse modo, todo mundo solto, que nem bicho no mundo.
Qual é o compromisso que têm aquele cachorro que fica o dia todo passeando pra lá e pra cá pelas ruas da cidade sem coleira nem beira!? Nenhum! Ele não tem compromisso nenhum com nada, com "ninguém", o que vier é lucro e se for mais de um é "mega sena". Eu quero liberdade, não que eu não a tenha, mas ando me sentindo meio "sitiada", meio carne de vaca, o meu mundo anda carne de vaca demais pra mim...

A minha "preguiça", a falta de vontade dá-se por algo indizível o qual ainda não tenho definido. Daí eu criar um blog para eu poder explanar dia-dia o que rola no meu "abstract world" para tentar trabalhar minha repulsa atual ao mundo, trabalhar devagarzinho para quem sabe em fim eu possa vir a me reintegrar à sociedade como uma pessoa menos realista e mais fria. Agregando responsabilidades... Vou tentar...
Ando estafada dessa "pseudo democracia", "pseudo ordem", ando de saco na lua com isso tudo. Pô, não quero ser obrigada a votar em ninguém para que crie "regras" para que eu tenha de segui-las... Quem disse que eu quero regra!? Eu quero as exceções, eu quero ir, eu quero vir... Na hora que eu quiser, não preciso voltar, não quero ter que voltar, não precisa ter para onde voltar... Ir e vir a qualquer hora para qualquer lugar sem tempo ruim, na boa, na paz, sem tédio, sem fim!
Ah, eu tô sufocando... Tô pirando, não agüento mais... Tá tudo muito estranho, é tudo muito esquisito...
É triste, eu sei que é triste, demasiadamente deplorável essa situação... Mas é maçante esse mundo, tá tudo errado, tudo bagunçado. Eles querem controlar mas tá tudo descontrolado, eles dizem que há ordem mas tá tudo desornado.
Somos todos fantoches, somos todos manipulados... Somos todos trouxas que "pensam" estar indo pra algum lugar, indo encontrar alguma "solução". Mas qual é o lugar!? Qual é a solução!? Não, não há mais lugar pra mim no mundo... Qual é o problema!? Se não há definido o problema como vai atrás de solução!?
É, é tudo um monte de louco, gritando sem causa ou com causa confusa. Sem embasamento ou com embasamentos desorganizados. Sem agregados ou com agregados falsos.
Há um complô dos astros... Sim, os astros superiores, eles andam aí numa pegada de queda, de botar pra lona esses baderneiros... Vira mexe me chamam junto... Tô lá na baladinha "laralara", "pá", levo um capotão que perco até o rumo de casa... Saio do meio do salão vou pra cozinha, "pow" outro capotão que me faz repensar na vida... Não pode ser assim à toa, de bobeira... Não é normal você passar por situações assim... Quando começa a pensar sobre isso, é que talvez as coisas possam ficar mais claras daí então a resposta do problema chegar... Quedas de modo geral é a vida, o mundo te dizendo: "Presta atenção aí... Se liga guri!".
Este ano, é ano de guerra aqui, é ano de gritar, lutar, correr atrás... Mas atrás de quê!? Não sei, sei que têm que ir, tão mandando a gente ir, mesmo sem rumo, mas vai, não pára, não deixa cair, caiu, levanta, e corre... Corre... Marte tá indo pra's cabeças e se não for ligeiro ele vai te derrubar...
É por isso tudo e mais um pouco, que eu ando assim, deixando as coisas irem... Fluírem, não quero mais intervir... Não quero mais pedir, correr, tentar, vou ficar igual à um cachorro no meio do mundo na vantagem do que têm pro dia, e esperando assim dias melhores... Não, não sei se virão.