Ana Mari's world!

Leia livre de preconceitos, intensões e expectativas.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Saudade do que não foi...

É contraditório, confuso e um tanto surreal, mas é possível... Sim é possível sentir saudade do que não foi. E vou te contar que sentir saudade assim é tão ruim quanto seria se tivesse ido...
Sei lá, este sentimento se fez lugar comum a mim na noite de ontem... Na madrugada anterior havia falado sobre isso com uma amiga ao telefone... Tentava ilustrar à ela o que ocorreu entre ela e um outro indíviduo e cheguei à essa expressão “saudade do que não foi”... – “O que houve entre vocês é muito louco, estranho, gostoso, mas não foi e talvez não há de ser, é muito ruim sentir saudade do que não foi...”.
Senti ontem reavivar dentro de mim essa coisa, essa saudade... Estava eu desfrutando de um cigarrinho perto de uma fogueirinha e me senti observada, procurei e encontrei. Quem me observava não gosta de olhar fugidio iguais ao que eu tinha aos 17 anos. Mas eu não mudei muito, continuo fugidia e receosa como há cinco anos atrás e me faltou a coragem de encarar e simplesmente retribuir... Sai da cena com um pacote dentro do estômago, ruborizada, tudo complicado, embaralhado, confuso, gemendo, chorando, mas não dava mais pra tirar de dentro. A certeza de que esta saudade talvez fique pra sempre estagnada que me impulsionou a continuar no meu caminho, mesmo que torto para não fazer crescer ainda mais o que não há de ser.
O mais gostoso disso tudo (sim há prazer), é que naquele breve encontro no ar senti que o embrulho se fazia recíproco do lado de lá e que a saudade também era grande.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quem é esta amiga?
Nossa, nem conheço...

Nem me diga, nem me diga.

Borboletas no estômago, timidez, parece um dedo cortado por uma folha de papel - vc sente a dor, mas nem cortou direito...
É muito estranho, inenarrável - uma mistura de raiva e vontade de fazer com que aquilo se concretize mesmo depois de tanto tempo. Você sabe que, de certo modo, aquele te desejou um dia da maneira mais humana que se sente - ao te olhar nos olhos e te dizendo isto por gestos - nessas horas são somente gestos imperados por um silêncio seguido de desejo (muito desejos e lábios que se querem). A razão vem à tona e fica a última lembrança de um beijo que deveria ter sido.