Ana Mari's world!

Leia livre de preconceitos, intensões e expectativas.

sábado, 15 de novembro de 2008

Ele falou: -Você tem medo. Aí eu disse: - Quem tem medo é você...

Sempre vai ter alguma das partes dizendo que ainda é cedo, se não sempre, na grande maioria das vezes, é muito difícil ter o momento em que ambos cheguem nesse mesmo consenso. Daí, as coisas meio que se misturam e a gente fica em parafuso (com todos eles soltos e desregulados...). Mas acredito que é no momento em que faltam as palavras o beijo já não basta mais, fica aquilo (que não tem nome só é sentido), um vai e fala: - Eu não sei! É tão ruim esse vácuo, essa falta de informação sensorial, é quase uma amputação, deixa a gente aleijado de argumento.
Putz falando nisso’s, me deu uma sensação de dejavù péssima. Eu não queria mais falar sabe!? Na verdade eu queria é gritar, morder o volante do carro, mas não queria falar! Eu só queria sair correndo, ficar ali tava doendo, sofrendo... Não, não me empurra, não chama... Daí eu disse que já não sabia mais e que eu não queria mais... De repente fica lugar comum, aquele monte de perguntas... O problema é a falta, é o não fazer, é a inércia que me mata, come tudo por dentro, a cada telefonema, a cada passeio, no decorrer do tempo as coisas acabam perdendo o sentido, o frescor, o calor a vontade. Eu me peguei no mundo olhando pra cima procurando por mim mesma e não me achava mais...
Sei te dizer que foi tudo bastante estranho... Na hora em que eu tive de dizer um milhão de coisas hostis e reais, eu queria mesmo é ter a certeza de que era tudo um grande engano, quiçá até pedir desculpas botar o nosso som e dormir no sofá até a hora do almoço do dia seguinte... Mas na verdade, o melhor mesmo foi não ter tido o almoço do dia seguinte, o dia seguinte não ter acontecido porque sei lá, não tinha sentido...
Caralho! Ta meio Paulo Coelho esse negócio... Sei lá, às vezes eu chego em casa e fico pensando em tudo o que foi discutido na noite, em todas as pautas que poderiam ter sido e não foram e acho que é bacana dissertar sobre tal. Uma coisa meio “Saudade do que não foi” e/ou o clássico “A volta da pauta que não foi”... Ta é cansativo, eu sei, meu querido amigo eu sei... Juro! Juro que eu sei, mas queria que tu pudesses sentir a dor na barriga que tenho aqui comigo de tanto que me esbaldo, deleito e dou risada... É demais, isso tudo, a vida (pelo menos a minha) é muito engraçada, diria mais é quase uma piada!
É meio “looser” admitir isso, mas sabe que eu até gosto. Pô há movimento, novidade, acho importantíssimo novidade, mesmo que seja de você pra você mesmo... Tem de haver novidade. Vida sem acontecimentos, sem movimento deve ser “uó”. O portador dessa está fadado à monotonia, tristeza e quiçá (adoro essa palavra “quiçá”!) a solidão. Péssimo num é não!? Ai, eu acho. Eu acho, eu acho, eu perco, eu acho, eu acho um monte de coisa sobre nada também... E vivo perdendo... Mas às vezes, na real quase sempre, eu acho... “Achismos” a parte o importante mesmo é embasar... Esse negocio de achar, pensar, blá, blá, blá, é muito fácil e cansativo também. Quero ver é defender, opinar de fato... Achar é fácil. Eu não acho nada se você quer saber...
Sabe eu fiz um prato enorme de brigadeiro... Gosto de brigadeiro, gosto de chocolate, na verdade eu gosto muito de comidas no geral... Você que me conhece, mas conhece mesmo, convive e pá, ta lado a lado ta ligado... Porque também têm essa né, outro dia chegou um amigo meu e lançou uma de que “todo mundo” me conhecia... Fala sério, ainda achava graça... Confesso que fiquei um tanto cabreira, porque não é verdade, se todo mundo que me oferecesse comida soubesse que não sou magra porque eu quero ser, que eu me empenho bastante para mudar tal quadro, talvez não me oferecesse mais, levando em conta que eu nunca, ouçam bem NUNCA deixo passar uma boquinha, sou apreciadora das mais variadas cozinhas desse mundão, ofereceu ta aceito pois aqui não têm desperdício... Por isso a partir de agora quando estiver comendo perto de mim pense bastante antes de me oferecer... Porque eu vou aceitar!
Olha só, vou ali me recolher tal, porque meu lado sóbrio e honesto ta me falando que eu estou me expondo demais, as coisas do lado de cá estão muito afloradas e que este não é o melhor momento para falar algo edificante, até mesmo porque se você que me lê procurasse qualquer coisa do gênero não consultariam à mim e sim à um engenheiro... Certo? Bom eu acho que sim. Mentira eu não acho nada.
Só pra terminar, outra vez eu tinha o texto perfeito na cabeça pronto para ser datilografado e a preguiça falou mais alto e eu tive de passar... Mas confesso que dessa vez eu não me lembro nem qual era o gancho... Liga não, a idade é fogo, a gente vai ficando meio esclerosado com a amnésia bastante aflorada e isso torna-se normal no dia-dia.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ai ai Maricota! Eu quero continuar até o fim dos dias assistindo à ti e partilhando das "boquinhas" que são sempre mara contigo.
Outra coisa se todo mundo que fosse esclerosado tivesse uma memória igual a sua o mundo estava perdido... Você têm uma memória de elefante é irritante!
um beijo minha querida.